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Capela Mortuária de Santa Eulália, Casa dos Escuteiros e Capela de Quebrantões

Capela Mortuária de Santa Eulália, Casa dos Escuteiros e Capela de Quebrantões
Capela Mortuária de Santa Eulália, Casa dos Escuteiros e Capela de Quebrantões
Capela Mortuária de Santa Eulália, Casa dos Escuteiros e Capela de Quebrantões
Capela Mortuária de Santa Eulália, Casa dos Escuteiros e Capela de Quebrantões
05-Apr-2008

GAIA: VISITA COM O ARQUITETO JOSÉ FERNANDO GONÇALVES

 

A visita realizou-se sob sol intenso.

No núcleo junto à igreja paroquial de Oliveira do Douro, Capela Mortuária e Casa dos Escuteiros, fomos também acompanhados pelo Padre Avelino. Esta dupla apresentação, fez-nos desde logo entender que estávamos perante um caso particular de entendimento e interacção invulgar e intensamente vivida de parte a parte.

Iniciamos a visita pela Capela Mortuária. Se, no dizer do arquiteto, esta foi uma obra em que a qualidade do construtor e a escassez de meios financeiros condicionaram o resultado final, certo é que, passados dez anos de utilização elas abrem-se em todo o seu esplendor contido e conforto, para acolher os utentes, neste caso os visitantes. São obras ricas com uma carta genética complexa que se expressa nos espaços misteriosamente abertos porque ao mesmo tempo fechados: se a partir de dentro nos é dado o exterior, esse exterior é um exterior deliberadamente limitado e por isso, também ele interior. Um espaço moral para combater a imoralidade, conceito usado pelo arquiteto para traduzir o que usualmente se passa nos momentos da transição que a capela acolhe.

A casa do escuteiros, a precisar de restauro urgente, deixou-nos a sensação de paraíso perdido e pouco amado. Obra austera, plasticamente rica na essencialidade da matéria, descontextualizada mas paradoxalmente filha do lugar: É estranho como aquele objecto insólito que procura a tensão com a construção pré-existente, aproximando-se-lhe perigosamente, parece que sempre lá esteve.

Depois espreitamos o Centro Paroquial, obra em co-autoria com Paulo Providência, que impressionou pelo conforto e pela sua capacidade de acolhimento. Muito bem implantada, estabelece um diálogo muito interessante com a paisagem.

Capela de Quebrantões. Tudo está no sítio. As condicionantes do terreno e as restrições económicas conduziram a mão do arquiteto para o preciso lugar da coincidência entre a forma e a matéria. Esta é uma obra material, na qual o peso e o modo de usar, construir e combinar, cada elemento, é a essencial: a madeira é madeira, o betão é betão, as portas são fendas, buracos móveis que apesar do seu peso se movem (literalmente) como penas. As cores quentes contribuem para a a forte impressão que o espaço causa.

Quando terminamos a visita era evidente a satisfação dos visitantes para o que contribuiu não só a qualidade das obras, mas também a sabedoria e precisão comunicativa do arquiteto.

Estão de parabéns o arquiteto e a Paróquia de Oliveira do Douro

 

Álbum da visita

 

http://goo.gl/vGcTS1